Campanha orienta para o descarte correto de medicamentos

Palavras-chave:
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os estudantes do Colégio Estadual Aldemiro Vilas Boas, no município baiano de São Miguel das Matas, estão conscientes de que remédios não devem ser descartados diretamente no lixo comum, pois podem causar impacto ambiental, principalmente se entrarem em contato com os recursos hídricos. Para tanto, os alunos foram envolvidos em uma campanha de conscientização sobre o descarte correto de medicamentos vencidos, uma ação que integra o projeto estruturante Saúde na Escola, da Secretaria da Educação do Estado da Bahia.
 
A intervenção tem o objetivo “de desenvolver no estudante a capacidade de tomar decisões conscientes, através do conteúdo trabalhado em sala de água com o contexto social do aluno”, como ressalta a professora de Química Natália Oliveira. O projeto envolve, também, a comunidade do entorno do colégio, graças a atividade dos alunos de levarem a informação para a população. Até o momento, revela, já foram recolhidos 27,5 kg de resíduos – deixando de contaminar 12.375 litros de água, levando em conta que para cada quilo de medicamento vencido, 450 litros de água são poluídos.
 
A estudante Ana Valéria da Cruz, 16, 3º ano, conta que o projeto do descarte correto de remédio contribuiu não só para a sua mudança de atitudes, como a das pessoas de sua comunidade, onde ela tem feito um trabalho de conscientização. “Esta campanha é importantíssima para que aprendamos a descartar corretamente os medicamentos que temos em casa e já estão vencidos. Com isto, estamos contribuindo para a preservação do meio ambiente, já que os resíduos contaminam o solo e a água, e, consequentemente, da nossa própria saúde”.
 
A colega Luana Bittencourt, 16, confessa que jogava medicamentos vencidos no lixo comum ou no vaso sanitário, sem qualquer preocupação com as consequências dessa atitude impensada. “Depois da campanha do Colégio, nunca mais agi desta forma porque ganhei consciência do quanto é importante e necessário que as pessoas descartem esses resíduos adequadamente, para o nosso próprio bem”.
 
A professora Natália Oliveira diz que os resíduos recolhidos pelos alunos são entregues aos técnicos da prefeitura. “Este trabalho foi iniciado em sala de aula com a abordagem teórica do conteúdo e a realização de trabalho prático de identificação das funções orgânicas dos medicamentos, focando sobre os riscos da automedicação e como o medicamento age em nosso organismo”, detalha a educadora, lembrando que, “por lei, a obrigação desta ação seria das farmácias, mas não há iniciativas neste sentido”.

Notícias Relacionadas