Em homenagem ao Dia Mundial do Autismo, lembrado a cada 2 de abril, o Centro Estadual de Educacao Pestalozzi da Bahia, instituição da Secretaria da Educação do Estado, localizada no bairro de Ondina, promoveu um encontro, nesta quarta-feira (01/04) com cuidadores – mães, pais, professores e familiares – para discutir as ações intersetoriais em favor da pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

 

“Este encontro é parte da nossa mobilização em torno do debate sobre as ações da política pública estadual de inclusão social da deficiência, garantindo às pessoas com autismo o acesso aos serviços como saúde e educação. Ao mesmo tempo, abrimos espaço para sugestões e discussão sobre a ética coletiva do cuidar, para além da provisão e sustento do autista e da responsabilidade do cuidado atribuída, na grande maioria dos casos, à mulher”, afirmou a diretora do Pestalozzi, Maria Angélica Gonçalves Coutinho. O Centro, atualmente, oferece Atendimento Educacional Especializado (AEE), serviço complementar à escola regular, para 225 alunos autistas.

 

Dedicação

Há sete anos, a mãe do estudante José Vitor, 15 anos, Ana Paula Nascimento, leva a sério a rotina de levar o filho duas vezes na semana ao Centro. Na instituição, ele recebe atendimento educacional, além de fazer aula de informática e de educação física. “Meu filho melhorou muito a coordenação motora, a concentração e a fala, passando a se expressar com mais facilidade. É um trabalho para a vida toda, que exige dedicação total. Por isso, temos que participar e lutar pela inclusão social dos nossos filhos especiais”.

 

Rosália Aguiar das Neves, mãe de Magno Rogério, 30 anos, e Fernanda, 14, também consegue detectar um desenvolvimento maior dos filhos, nos últimos oito anos, tempo em que frequentam o Pestalozzi. “O atendimento é muito bom. Precisamos ajudar a divulgar mais o autismo, como aconteceu com a Síndrome de Down, para que toda a sociedade se comprometa, também, na inclusão dessas pessoas na sociedade”.

 

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Educação especial

Estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação são público-alvo da Educação Especial e são atendidos nas escolas da rede estadual da Bahia e nos Centros de Educação Especial, dentro de suas especificidades, para que possam participar ativamente do ensino regular.

 

O Estado dispõe de seis Centros de Educação Especial nos municípios de Santo Antônio de Jesus, Feira de Santana, Jequié, Ipiaú, Itabuna e Caetité. Em Salvador, além do Centro de Educação Especial Pestalozzi da Bahia, o público autista recebe atendimento em cinco Salas de Recursos Multifuncionais (SEM), implantadas nos colégios estaduais Rotary, Ruy Barbosa, Satélite, Raphael Serravalle e Zumbi dos Palmares. Existem, ainda, mais 60 unidades escolares atendendo às demais especificidades do público-alvo da Educação Especial em todo o Estado.