Estudantes conhecem experiências de comunicação desenvolvidas no Complexo do Alemão

Palavras-chave:
Fotos: Claudinor Jr. - Ascom/Educação
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os estudantes do Colégio Estadual Bolivar Santana, localizado no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador, participaram, nesta quinta-feira (25), de um bate-papo com o ativista social Raull Santiago, que desenvolve um trabalho de comunicação independente com o uso de tecnologias alternativas no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. A atividade foi promovida em parceria pelas Secretarias da Educação e de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado (Secti).
 
No encontro, os estudantes conheceram algumas das experiências desenvolvidas pelo Coletivo Papo Reto, do qual Raull Santiago ajudou a implantar no Complexo do Alemão. Ele falou sobre as estratégias adotadas pela comunidade para conseguir criar grupos que gerassem informações e uma comunicação do Complexo do Alemão, que é formado por 16 favelas e quase 300 mil moradores. Raull também falou como a juventude foi envolvida na mobilização da comunicação sobre a realidade local e capacitada para o uso de ferramentas que fortalecem esta comunicação, a exemplo das redes sociais, edição de fotos e produção de vídeos.
 
O ativista destacou a importância desta troca de experiência com os estudantes. “É muito importante estar num espaço público como a escola para dialogar com jovens e adolescentes que são o futuro do país e trocar uma ideia de como, hoje em dia, a gente pode usar as redes sociais e ferramentas alternativas para fortalecer a nossa realidade e dar visibilidade ao que acontece nas comunidades, além de provocar questões em torno de políticas públicas diversas”, revela.
 
Lucas Ramos, 17, do 2° ano, aproveitou o encontro para falar de como utiliza a Internet e dispositivos móveis para divulgar as atividades profissionais e artísticas que desenvolve em sua comunidade, no bairro de Sussuarana. “A Internet é um grande meio para os jovens conseguirem visibilidade dentro e fora de suas comunidades. Eu atuo como dançarino, cabeleireiro e maquiador, e utilizo os canais como o YouTube, Instagram e Facebook para compartilhar o que eu faço”, afirma.
 
Para Vitória Lynn, 19, 3º ano, a atividade serve de inspiração para outros jovens. “É muito bom poder usar a tecnologia e as redes sociais a nosso favor para mostrar ao mundo o que acontece de positivo em nossas comunidades. Temos que valorizar, cada vez mais, as boas ações e projetos desenvolvidos na periferia e por isso comunicarmos é importante”, destaca a estudante.

Notícias Relacionadas