Estudantes e professores destacam importância da parceria na criação dos projetos apresentados na 10ª FECIBA

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Da curiosidade em sala de aula à iniciação científica. Este é o caminho percorrido pelos estudantes que se envolvem na iniciação científica e conquistam a oportunidade de apresentar os projetos na 10ª Feira de Ciências, Empreendedorismo e Inovação da Bahia (FECIBA), realizada de terça a esta quinta-feira (8 a 10), na Arena de Esportes, em Lauro de Freitas. Mas nada disso seria possível sem a participação e o respaldo dos professores que mobilizam, engajam e orientam os estudantes para  o universo surpreendente da Ciência.
 
Fotos: Feijão Almeida
Este é o caso da estudante Esterfany Nascimento, 16, 1º ano do Ensino Médio, do Colégio Estadual Sete de Setembro, de Salvador, que desenvolveu com a sua equipe um “Dispositivo robótico para auxiliar a pessoa com deficiência visual”. Para ela, o apoio do professor-orientador é essencial para o desenvolvimento dos alunos. "Creio que se não fosse por André Luis de Jesus, não estaríamos aqui hoje. Nosso professor nos motiva muito a continuar buscando os nossos sonhos. Lá em 2018, quando eu o conheci, ele me deu a oportunidade de passar por uma seleção para entrar no curso de robótica, no qual é o mentor, e mostrou o quão longe eu posso chegar. Isso, despertou em mim o desejo de trabalhar com engenharia robótica", revelou.
 
Para o orientador André Luis de Jesus, desenvolver um projeto científico de robótica com um grupo de alunos de escola pública do Estado é extremamente recompensador. "Consigo motivá-los no seu processo de ensino e aprendizagem, através de uma metodologia científica voltada para a área tecnológica. Desenvolvemos um projeto que tem um viés social, pois é um dispositivo robótico que auxilia a pessoa com deficiência visual a ter uma maior autonomia para ir e vir sem a utilização de bengala. Essa perspectiva de alinhar os conhecimentos das disciplinas com a construção de protótipos robóticos feitos pelo alunos, sob minha orientação, é bem gratificante e ressignifica a prática docente", destacou. 
 
O professor Adaltro Silva, do Colégio Estadual Wilson Lins, em Valente, e que orientou o projeto "Dispositivo de segurança para condutores (DISCON)", falou da importância do orientador no processo. "O papel de orientação de projetos científicos é fundamental para transformar a realidade pedagógica do estudante, que muitas vezes está apenas atrelada à sala de aula, sem vislumbrar outras perspectivas. É incrível participar de todo essa relação de orientação, de mediar o conhecimento e transpor conceitos apreendidos em sala para aplicação direta em suas vidas".
 
Segundo Vinícius Amaral Carvalho, 17, 2º ano do Ensino Médio, que integra a equipe do projeto orientado por Adaltro Silva, ser selecionado e participar da FECIBA traz um sentimento de gratidão. "É muito gratificante poder participar de uma troca de conhecimento tão grande e produzir projetos científicos que nos desperta para várias áreas de interesse importantes, a exemplo da área acadêmica de Ciências Exatas, na qual eu pretendo seguir. Ter um orientador nesses momentos é extremamente importante pela experiência e bagagem, além do auxílio que isso nos traz", comentou. 
 
Sobre a FECIBA - A Feira visa promover a popularização da Ciência, por meio da apresentação de projetos de investigação científica desenvolvidos por estudantes e professores da rede pública do Estado da Bahia, no âmbito do Programa Ciência na Escola. A edição deste ano do evento promovido pela Secretaria da Educação do Estado (SEC) contou com a apresentação de 270 projetos de iniciação científica desenvolvidos como parte do currículo escolar e teve como tema “Pesquisa científica e projeto de vida - desafios da Educação Básica”. A Iniciativa envolveu a participação de mais de 1.500 estudantes da rede estadual de ensino, vindos em caravanas de 220 municípios dos 27 Núcleos Territoriais de Educação (NTEs).

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