Secretaria da Educação e Academia de Ciências criam grupo de trabalho

Criação de um grupo de trabalho com representantes da Academia de Ciências da Bahia (ACB) e da Secretaria da Educação do Estado da Bahia para desenvolver um projeto articulado de cooperação, tendo como foco o projeto Ciência na Escola, foi o resultado do encontro realizado na segunda (18/02), na Fun­dação de Au­xílio à Pes­quisa do Es­tado da Bahia (Fa­pesb), em Salvador, entre o secretário da Educação do Estado, Osvaldo Barreto, e membros da comunidade científica baiana.

Durante a reunião, o secretário Osvaldo Barreto apresentou os resultados do projeto Ciência na Escola, criado em outubro de 2012 pela Secretaria da Educação do Estado, com o objetivo de pro­mover a edu­cação ci­en­tí­fica dos es­tu­dantes da rede es­ta­dual. “Esse projeto tem for­ta­lecido a unidade es­colar, com foco no es­tu­dante, visando à va­lo­rização da produção no am­bi­ente em que o es­tu­dante vive, tornando-o mais atra­tivo, mais agra­dável. O resultado que constatamos é um maior envolvimento dos estudantes em seu pro­cesso de apren­di­zagem”, destacou o secretário Osvaldo Barreto.

Fotos: Claudionor Jr. Ascom/Educação

O presidente da ACB, Roberto Santos, frisou a importância da popularização da ciência nos meios de comunicação como um bem social que deve ser valorizado para que a iniciação científica comece já no ensino básico. “O secretário Osvaldo Barreto tem dado uma grande contribuição para a difusão e desenvolvimento das ciências na rede pública estadual por meio do Ciência na Escola, que é um projeto importante para que isso esteja acontecendo”, disse.

O secretário Osvaldo Barreto reafirmou sua opinião de que a Academia de Ciências da Bahia tem que incluir a educação básica como prioridade, de forma orgânica, para o desenvolvimento da ciência no Estado. “Nosso projeto é um instrumento de valorização do ambiente em que o estudante vive, permitindo que a escola introduza a criança e o jovem no seu mundo, no seu ambiente. Nossa meta é criar escolas mais atrativa, mais agradáveis, que envolvam os estudantes em seu processo de aprendizagem”.

Premiações – Durante sua apresentação, o secretário enfatizou as premiações e representações de estudantes da rede estadual em feiras nacionais e internacionais como a Febrace (USP), Ciência Jovem (Olinda-PE) e 64ª Reunião Anual da SBPC (São Luís). Um dos projetos de destaque, citado pelo secretário, é o de Sistema de Segurança para Fogões contra Acidentes Domésticos, desenvolvido pelos estudantes do Colégio Nossa Senhora de Fátima, no município baiano de Fátima. O trabalho foi premiado pelo Febrace e patenteado. Hoje, o projeto está no setor de desenvolvimento da Tramontina.

O diretor-geral da Fapesb, Roberto Paulo Lopes, considera que o projeto Ciência na Escola “é fundamental para ampliar a percepção da sociedade sobre a importância de estimular a iniciação científica na escola”. “Destaco as ciências como elementos fundamentais para a universalização dos acessos e a Secretaria da Educação do Estado está no caminho certo. Com isso, rompe-se com a inércia institucional de muitos anos, vislumbrando uma Bahia mais desenvolvida, com uma base científica mais ampliada”.

Ciência na Escola – O projeto Ciência na Escola chega a 914 escolas, beneficiando mais de 300 mil estudantes do ensino fundamental II da rede estadual. O projeto apresenta novidades para o ensino e a aprendizagem das ciências da natureza e das ciências humanas nas escolas estaduais da Bahia. A proposta, que teve início no ano letivo de 2012, cria uma escola mais atrativa e agradável, envolvendo o estudante com o seu próprio processo de aprendizagem, a partir da ampliação dos conhecimentos científicos e da valorização do ambiente onde ele vive.

O Ciência na Escola garante a formação de professores e a edição de materiais didáticos focados na realidade baiana, como o livro Bahia, Brasil – Espaço, Ambiente e Cultura distribuído a todos estudantes do ensino fundamental II. O conteúdo, organizado de forma integrada, apresenta conhecimentos das diversas áreas, como biologia, geografia, química, física e história. O projeto também incentiva a realização de feiras de ciências nas escolas e promove, anualmente, a uma feira de ciências estadual.

Notícias Relacionadas