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Estudantes e educadores celebram Mês da Mulher com videoconferência sobre os desafios da contemporaneidade
Publicado em ter, 12/03/2019 - 14:15 por ASCOM
Palavras-chave:
Fotos: Claudionor Jr. - Ascom/Educação
A estudante e líder de sala Marina Raíse de Melo, 14, 1º ano do Colégio Estadual de Aplicação Anísio Teixeira, no bairro de São Marcos, falou sobre a iniciativa. “Estou aqui não só como estudante, mas como mulher que foi criada por uma mãe e uma avó feministas. Trazer este tema para a escola é muito importante, porque a nossa formação é construída na juventude. Não podemos mais nos silenciar frente à violência contra a mulher, levando-se em conta que, em apenas dois meses de 2019, mais de 200 mulheres foram mortas por feminicío, número muito maior comparado com o mesmo período no ano passado. Temos que mudar as mentes das pessoas que acham que quando a mulher é violentada a culpa é dela”.
O superintendente de Políticas para a Educação Básica da Secretaria Estadual da Educação, Ney Campelo, falou sobre a discussão do tema no currículo escolar. “Queremos destacar o protagonismo feminino juvenil, de modo que as nossas estudantes possam acreditar mais no seu próprio investimento escolar. Isto porque existe uma grande distorção da presença de jovens mulheres com vocação para as Ciências Exatas, mas o nosso propósito é chamar a atenção para o fato de que as mulheres têm potencial, inteligência e criatividade para escolher profissões tradicionalmente não consideradas femininas, como Engenharia, Tecnologia da Informação e Matemática. É, também, um momento de reflexão sobre temas, como bullying e ciberbullying, além de gravidez precoce, misoginia e violência doméstica”.
Também presente à videoconferência, a diretora do IAT, Cybele Amado, falou sobre o papel da Educação na mudança de comportamentos da sociedade. “Como mulher e como diretora desta instituição, firmo o meu compromisso de tratar a questão da mulher não só como um tema transversal, mas da humanidade. Temos que seguir juntas para encontrar os caminhos e as ações consistentes na luta pelo respeito à mulher e contra à violência feminina”.
A secretária de Políticas para as Mulheres do Estado da Bahia, Julieta Palmeira, destacou a Educação como o caminho para mudar os números relacionados à violência contra a mulher. “Este é um problema cultural que devemos encarar como prioridade do Governo, como tem feito o governador Rui Costa, e a escola é um ambiente propício para construirmos uma outra ideia de masculinidade, que não pode ser mais aquela que, para ser macho, tem que oprimir ou violentar a mulher. Tem uma pesquisa na Espanha apontando que 5% dos homens que violentam as mulheres são psicopatas e 45% têm desajustes sociais. Os 50% restantes que cometem esse crime são homens incorporados da cultura machista. Portanto, temos aí um problema cultural de masculinidade tóxica. Precisamos do trabalho nas redes escolares para romper essa educação machista”.
O desafio, completou a secretária Fábia Reis, da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, é a realização de um novo pacto entre homens e mulheres. “A cultura da violência contra as mulheres, especialmente as negras, que são alvo preferencial, deve ser debatida nas escolas para criarmos uma rede de reflexão e de proteção, visando romper a violência do agressor que está em toda a sociedade”.
Mesa-redonda
A videoconferência contou com uma mesa-redonda para o aprofundamento da discussão sobre temáticas voltadas à promoção da igualdade de gêneros e ao combate à violência contra as mulheres, bem como esses e outros temas precisam estar presentes nos currículos escolares, por meio dos seus Projetos Políticos Pedagógicos, de forma integradora e transversal. Participam das discussões representantes da SEC, Ouvidoria Geral da Defensoria Pública do Estado, da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), da Polícia Militar (Ronda Maria da Penha) e da Secretaria Municipal de Coração de Maria.
A videoconferência contou com uma mesa-redonda para o aprofundamento da discussão sobre temáticas voltadas à promoção da igualdade de gêneros e ao combate à violência contra as mulheres, bem como esses e outros temas precisam estar presentes nos currículos escolares, por meio dos seus Projetos Políticos Pedagógicos, de forma integradora e transversal. Participam das discussões representantes da SEC, Ouvidoria Geral da Defensoria Pública do Estado, da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), da Polícia Militar (Ronda Maria da Penha) e da Secretaria Municipal de Coração de Maria.
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